person holding pencil near laptop computer

Gerenciamento de estados em aplicações React com TypeScript

Introdução ao gerenciamento de estado em aplicações React com TypeScript

Breve introdução ao React e TypeScript

Se você é um desenvolvedor web, sem dúvidas já deve ter ouvido falar sobre React e TypeScript. Ambos se tornaram extremamente populares nos últimos anos na construção de aplicações frontend, e por uma boa razão. Então, vamos falar um pouco sobre eles?

React é uma biblioteca JavaScript desenvolvida pelo Facebook para a criação de interfaces de usuário. A principal vantagem do React é sua habilidade de permitir que os desenvolvedores criem componentes reutilizáveis, os quais podem ser empacotados e usados em diferentes partes de uma aplicação – permitindo assim um desenvolvimento mais eficiente e organizado.

Mas, é importante mencionar que o React, por si só, é apenas uma biblioteca para construção de interfaces de usuário, o que significa que ele não provê uma estrutura completa para todas as complexidades que um aplicativo web moderno pode exigir. Por isso, costuma ser combinado com outras bibliotecas ou frameworks.

Aí que entra o TypeScript. TypeScript é um superconjunto tipado de JavaScript desenvolvido pela Microsoft. A principal vantagem do TypeScript é fornecer tipos estáticos para o JavaScript, o que ajuda os desenvolvedores a evitar muitos erros comuns de tempo de execução e fornece uma melhor autocompleção e assistência na codificação em editores de texto e IDEs.

A junção do React com TypeScript resulta em uma experiência de desenvolvimento muito poderosa. Como o React se baseia na composição de componentes, funcionará perfeitamente com TypeScript, pois os tipos de interface são facilmente componíveis também.

Consideremos o seguinte exemplo. Digamos que você está criando um componente Card no React:

function Card({ title, content }) {
  return (
    <div className='card'>
      <h2>{title}</h2>
      <p>{content}</p>
    </div>
  );
}

Agora vamos ver como seria esse mesmo componente em TypeScript:

interface CardProps {
  title: string;
  content: string;
}

function Card({ title, content }: CardProps) {
  return (
    <div className='card'>
      <h2>{title}</h2>
      <p>{content}</p>
    </div>
  );
}

Note que adicionamos uma interface CardProps para definir os tipos de title e content. Isso dá ao TypeScript as informações de que precisa para garantir que estamos usando o componente Card corretamente.

Basicamente, TypeScript ajuda a pegar erros de tipo antes mesmo do código ser executado. Já o React facilita a criação e reutilização de componentes de interface de usuário. Juntos, eles podem fazer maravilhas para sua produtividade como desenvolvedor.

Então, de forma resumida, React é uma biblioteca para criar interfaces de usuário com componentes reutilizáveis e TypeScript é um superconjunto de JavaScript que adiciona typos estáticos, tornando o código mais previsível e mais fácil de depurar. A combinação dessas duas tecnologias resulta em um ambiente de desenvolvimento poderoso, que te permite criar aplicações web modernas de uma forma mais eficiente e eficaz.

A importância do gerenciamento de estado em aplicações React

No desenvolvimento de aplicações complexas com React, o controle eficaz sobre os estados dos componentes pode se tornar uma tarefa desafiadora. Assumindo um cenário onde diversos componentes precisam compartilhar e manipular informações, é fundamental estruturar um gerenciamento de estado apropriado.

A complexidade cresce ainda mais quando consideramos a mutabilidade do estado. Mantendo tudo em consideração, podemos afirmar que uma gestão eficaz de estados é crucial para otimizar o desempenho da aplicação e garantir um fluxo de dados coerente.

Importância do Gerenciamento de Estados

O gerenciamento de estado é especialmente importante em aplicações React devido à sua natureza baseada em componentes. Cada componente tem seu próprio estado, que pode afetar o comportamento do componente e sua renderização.

Se você já tentou passar o estado de um componente para outro, já sabe como isso pode se tornar difícil à medida que a aplicação cresce. Essa é uma das razões pelas quais o gerenciamento de estado se torna tão essencial. Ele permite que você gerencie o estado de todos os seus componentes de forma eficiente, garantindo que eles funcionem como deveriam.

Exemplificando a importância do gerenciamento de estados

Vamos considerar um exemplo simples: uma aplicação de lista de tarefas. No inicio, como é uma aplicação simples, é possível gerenciar as tarefas adicionadas e removidas diretamente no componente principal. Contudo, conforme a aplicação cresce e novas funcionalidades são adicionadas, como por exemplo, marcar uma tarefa como completa, adicionar uma data de vencimento, notificações, filtrar tarefas pelo status, essa forma de gerenciamento torna-se inadequada e complexa.

Sem uma biblioteca de gerenciamento de estado, a propagação de informações necessárias para todos os componentes se torna uma tarefa desafiadora. Mas com a utilização de um gerenciador de estados, a aplicação fica mais previsível e fácil de ser mantida.

Então, mesmo que você comece com uma aplicação pequena, é sempre bom ter em mente que um bom gerenciamento de estado é a chave para fazer uma boa aplicação React, especialmente à medida que ela cresce e se torna mais complexa. Seja prudente desde o início, planeje seus estados e economize horas de dor de cabeça no futuro.

Conceitos sobre gerenciamento de estado em React

O que é o estado em React?

Antes de discutirmos sobre como gerenciar estado em aplicações React com TypeScript, é crucial que tenhamos uma compreensão básica do que significa “estado” em relação a React. “Estado” é um termo técnico em ciência da computação, mas em React, tem uma conotação bastante específica. Então, vamos abordar o que é o estado em React e por que ele é importante.

O estado em React é um objeto JavaScript que contém dados que podem mudar ao longo do tempo. É uma parte fundamental de um componente React que permite aos componentes se auto gerenciarem e serem dinâmicos. Sem o estado, os componentes seriam essencialmente estáticos e não poderiam alterar a saída ao serem renderizados. O estado permite que os componentes respondam a eventos de usuário, servidores de dados e outras fontes de atualização.

A maneira mais fácil de entender o estado em React é através de um exemplo prático. Considere que você está criando um aplicativo de lista de tarefas. Em cada tarefa, podemos ter uma propriedade booleana ‘concluída’ que determina se a tarefa foi concluída ou não.

class TodoItem extends React.Component {
 state = {
   completed: false,
 }

 completeTask = () => {
   this.setState({ completed: true })
 }

 render() {
   return (
     <div>
       <h2>{this.props.title}</h2>
       <button onClick={this.completeTask}>
         Marcar como concluída
       </button>
     </div>
   )
 }
}

Neste exemplo, a propriedade ‘concluída’ é parte do estado do componente TodoItem. Quando o botão ‘Marcar como concluída’ é clicado, chamamos a função this.setState do componente para atualizar o estado ‘concluída’ para true. Com isso, conseguimos manipular a apresentação do componente baseado na interação do usuário.

No entanto, devemos ser cautelosos sobre como e quando atualizamos o estado, para evitar comuns erros e dificuldades na manutenção da aplicação. O React lida com as mudanças de estado de uma forma muito específica para garantir desempenho, confiabilidade e previsibilidade. Portanto, é crucial entender os princípios do estado e como trabajalhá-lo corretamente dentro dos componentes React.

De forma resumida, o estado é uma maneira de os componentes do React manter e rastrear informações que possam mudar ao longo do tempo e afetar o que é renderizado e como o componente se comporta. Espero que você esteja agora um pouco mais familiarizado com o que é o estado em React e por que é tão importante. Agora estamos prontos para prosseguir em nosso aprofundamento sobre gerenciamento de estados em aplicações React com TypeScript.

Como o estado é usado em componentes React

Vamos falar sobre como o estado é usado em componentes React. Para quem está se aprofundando neste universo, entender como o estado funciona é fundamental.

O conceito de estado se refere ao lugar onde os dados vêm em um aplicativo React. Os componentes em React podem criar e gerenciar seu próprio estado, que é então usado para renderizar a interface do usuário. O estado atualiza-se ao longo do tempo, reagindo às interações do usuário, atualizações de rede e muito mais.

Vamos considerar um exemplo de componente React de um botão de curtida:

class LikeButton extends React.Component {
    constructor(props) {
        super(props);
        this.state = {likes: 0};
        this.handleClick = this.handleClick.bind(this);
    }

    handleClick() {
        this.setState({likes: this.state.likes + 1});
    }

    render() {
        return (
            <div>
              <button onClick={this.handleClick}>
                Curtir
              </button>
              <p>{this.state.likes} curtidas</p>
            </div>
        );
    }
}

ReactDOM.render(
    <LikeButton />,
    document.getElementById('root')
);

Neste caso, o estado do componente LikeButton está sendo gerenciado internamente. Quando o usuário clica no botão, a contagem de curtidas no estado é incrementada, o que leva a uma nova renderização do componente que mostra a contagem atualizada.

Uma coisa muito importante a entender é que o estado é local e só pode ser acessado e modificado pelo próprio componente. Outros componentes não podem acessar ou modificar diretamente o estado de outro componente. Para compartilhar o estado ou modificar o estado de um componente a partir de outro, precisamos levantar o estado para um componente comum aos componentes que precisam acessá-lo.

Por outro lado, é válido destacar que, enquanto o estado e as props podem parecer semelhantes à primeira vista, eles têm funções muito diferentes. As props são usadas para passar dados de um componente pai para um componente filho, enquanto o estado é usado para armazenar informações que podem mudar ao longo do tempo e afetar o comportamento do aplicativo.

Em suma, o estado desempenha um papel crucial nos aplicativos React, permitindo criar componentes interativos e dinâmicos. É importante entender como usá-lo efetivamente para aproveitar ao máximo o poder do React.

Por que é importante gerenciar o estado em aplicações React

Você deve estar se perguntando: por que é tão importante gerenciar o estado em aplicações React? Imagine o seguinte cenário: você está construindo um aplicativo de lista de tarefas. Quando você adiciona uma nova tarefa, espera-se que ela apareça imediatamente na lista. No entanto, se o estado da aplicação não for gerido corretamente, você poderá enfrentar problemas como a lista não atualizando imediatamente ou não persistindo as tarefas ao atualizar a página.

Gerenciar o estado em aplicações React não é apenas importante, mas vital. Ele atua como a memória viva do seu aplicativo, armazenando dados que são dinâmicos e mutáveis ao longo do tempo. Sem um gerenciamento eficaz, o estado pode se tornar difícil de rastrear e prever, o que pode levar a erros complexos.

Vamos pegar o exemplo da nossa aplicação de lista de tarefas novamente. Digamos que nós temos um componente que é responsável por renderizar a lista de tarefas, e outro que é responsável por adicionar as tarefas.

function ListaDeTarefas({tarefas}) {
  return (
    <div>
      {tarefas.map((tarefa, index) => (
        <div key={index}>{tarefa}</div>
      ))}
    </div>
  );
}

function AdicionarTarefa({adicionarNovaTarefa}) {
  const [novaTarefa, setNovaTarefa] = React.useState("");

  const aoClicar = () => {
    adicionarNovaTarefa(novaTarefa);
    setNovaTarefa("");
  };

  return (
    <div>
      <input value={novaTarefa} onChange={e => setNovaTarefa(e.target.value)} />
      <button onClick={aoClicar}>Adicionar</button>
    </div>
  );
}

Se o estado não for corretamente gerenciado e sincronizado entre esses dois componentes, qualquer nova tarefa adicionada pode não aparecer na lista até que a página seja atualizada. Isso pode ser uma experiência frustrante para o usuário.

É aí que entra a importância do gerenciamento de estado – ele permite que os componentes compartilhem e sincronizem os dados, facilitando a interação do usuário com a aplicação.

Conclusões precipitadas ou a falta de cuidado com a gestão do estado podem avançar para problemas de desempenho, inconsistências na UI e bugs. Portanto, dominar essa habilidade torna-se fundamental para desenvolver aplicativos React eficientes e fáceis de manter.

Introdução ao uso de TypeScript com React

Benefícios de utilizar TypeScript em uma aplicação React

Assumindo que você já tenha alguma familiaridade com o React, o uso do TypeScript pode trazer uma série de benefícios significativos para o desenvolvimento da sua aplicação.

A combinação de React e TypeScript fornece uma experiência de desenvolvimento robusta, ajuda a evitar bugs comuns e melhora a manutenibilidade do seu código a longo prazo.

Um dos principais benefícios de se utilizar TypeScript em uma aplicação React é a adição de tipos estáticos. Isso significa que o TypeScript verifica os tipos das suas variáveis em tempo de compilação. Isso pode significar menos tempo depurando erros de tempo de execução e uma maior confiança ao escrever seu código.

Por exemplo, suponha que você esteja escrevendo um componente que aceita um objeto props como entrada:

function MyComponent(props){
  return <div>{props.name}</div>
}

Com o JavaScript puro, nada impede que alguém tente usar seu componente com um objeto props que não tem uma propriedade name, o que provocaria um erro em tempo de execução.

Mas com o TypeScript, você pode definir explicitamente que tipo de objeto props seu componente espera receber:

interface MyComponentProps {
  name: string;
}

function MyComponent({ name } : MyComponentProps) {
  return <div>{name}</div>
}

Agora se alguém tentar usar MyComponent sem a propriedade name, o compilador do TypeScript acusará um erro, evitando que um erro em tempo de execução ocorra mais tarde.

Outra vantagem é o suporte à autocompletar do TypeScript. Na medida em que você digita código, a IDE será capaz de fornecer sugestões de autocompletar com base nas definições de tipo de TypeScript. Isso não apenas acelera o desenvolvimento, mas também ajuda a evitar erros de digitação e de lógica.

Além disso, a adoção de TypeScript pode melhorar a legibilidade e a manutenção do código. Os tipos fornecem uma maneira clara de documentar a estrutura do código, facilitando a compreensão de outros desenvolvedores e a sua contrapartida do futuro.

Em resumo, a adoção do TypeScript em suas aplicações React pode aumentar a confiabilidade do código, melhorar a experiência de desenvolvimento e ajudar a manter a sanidade da sua equipe no longo prazo. Lembrando sempre que, embora o TypeScript tenha muitos benefícios, ele também traz uma curva de aprendizado que deve ser levada em consideração.

Configurando uma aplicação React para usar TypeScript

Chegando em um ponto crucial da configuração da nossa aplicação React é o momento de implementar o TypeScript e configurar nosso ambiente para começar a tirar proveito de todas as suas vantagens.

Primeiro, precisamos instalar o TypeScript em nosso projeto. Para fazer isso, podemos seguir no terminal na pasta do projeto e usar o seguinte comando:

npm install --save typescript @types/node @types/react @types/react-dom @types/jest

Depois disso, renomeie qualquer arquivo que você tenha que termine em .js para .tsx. Isso permitirá que você comece a escrever código TypeScript no seu projeto React.

Agora, precisamos informar ao nosso projeto que queremos usar TypeScript. Podemos fazer isso criando um novo arquivo na raiz do projeto com o nome tsconfig.json. A configuração mínima para o TypeScript em um projeto React seria algo assim:

{
  "compilerOptions": {
    "target": "es5",
    "lib": [
      "dom",
      "dom.iterable",
      "esnext"
    ],
    "allowJs": true,
    "skipLibCheck": true,
    "esModuleInterop": true,
    "allowSyntheticDefaultImports": true,
    "strict": true,
    "forceConsistentCasingInFileNames": true,
    "module": "esnext",
    "moduleResolution": "node",
    "resolveJsonModule": true,
    "isolatedModules": true,
    "noEmit": true,
    "jsx": "react"
  },
  "include": [
    "src"
  ]
}

Agora que nossa aplicação React está configurada para usar TypeScript, podemos começar a escrever nosso código usando a sintaxe TypeScript. Você verá quão poderoso pode ser o TypeScript quando combinado com o React.

Vamos dar uma olhada rápida em como seria um componente React simples usando TypeScript:

import React, { FC } from 'react';

interface MyComponentProps {
  name: string;
  age: number;
}

const MyComponent: FC<MyComponentProps> = ({ name, age }) => (
  <div>
    Hello, my name is {name} and I am {age} years old.
  </div>
);

export default MyComponent;

Neste código, a FC é para um Functional Component em TypeScript. Também estamos definindo as propriedades que nosso componente deve receber e seus tipos, o que é uma grande vantagem de usar TypeScript.

Com estas configurações, você está agora pronto para explorar o TypeScript em seu ambiente React!

Ferramentas de gerenciamento de estado para aplicações React com TypeScript

Redux

Entendo que lidar com o gerenciamento de estado em suas aplicações pode ser um desafio, principalmente quando estamos falando de aplicações complexas e escaláveis. Nesse contexto, Redux surge como uma ferramenta poderosa que pode nos ajudar nesse processo.

De modo simples, Redux é uma biblioteca JavaScript de código aberto que tem por objetivo ajudar desenvolvedores a gerenciar o estado do aplicativo. Em outras palavras, permite controlar como os estados evoluem ao longo do tempo e assegurar que as mudanças sejam previsíveis.

Em um cenário prático, imagine que você está construindo uma aplicação de e-commerce. Em alguns componentes, você pode precisar acessar o carrinho de compras do usuário. Sem uma solução de gerenciamento de estado, você teria que passar o estado do carrinho de compras através de props, o que pode provocar uma estrutura de componentes confusa e difícil de manter. Utilizando o Redux, o estado do carrinho de compras estaria centralizado em um local, sendo acessível em qualquer parte da aplicação.

// Action
const addToCart = product => ({
  type: 'ADD_TO_CART',
  product,
});

// Reducer
const cartReducer = (state = [], action) => {
  switch (action.type) {
    case 'ADD_TO_CART':
      return [...state, action.product];
    default:
      return state;
  }
};

// Dispatch
store.dispatch(addToCart({ id: 1, name: 'Product 1' }));

Essa abordagem limpa e modular da Redux não apenas facilita o gerenciamento de estados complexos, mas também torna seu código mais fácil de testar e debugar. Graças à arquitetura Flux inspirada, as ações são unidirecionais, o que torna o fluxo de dados previsível.

No entanto, é importante lembrar, Redux pode parecer overkill para pequenas aplicações, já que introduz um nível de complexidade adicional. É aconselhável considerar as necessidades de sua aplicação e a estrutura de sua equipe antes de integrar essa ou qualquer outra ferramenta de gerenciamento de estado.

MobX

Vamos agora falar sobre o MobX, uma ferramenta altamente utilizada no gerenciamento de estados em aplicações React com TypeScript.

MobX é uma biblioteca que facilita o gerenciamento de estados por meio de objetos JavaScript observáveis. Na prática, é como se cada componente da sua aplicação estivesse “inscrito” para receber atualizações de partes específicas do estado que ele observa.

A beleza do MobX está na simplicidade de seu conceito: você marca, ou melhor, “observa” as propriedades de seus objetos que, quando alteradas, devem ocasionar uma reação em outras partes de seu código. Este é o paradigma baseado em reações que define MobX.

Vou dar um exemplo prático. Imagine um carrinho de compras em uma loja online. Cada produto adicionado ao carrinho gerará uma mudança nesse estado. Um componente que mostra o total do carrinho então precisará estar “observando” essa mudança de estado para que ele possa se atualizar.

class Carrinho {
  @observable itens = [];

  @computed get total() {
    return this.itens.reduce((total, produto) => total + produto.preco, 0);
  }

  @action adicionarProduto(produto) {
    this.itens.push(produto);
  }
}

const MeuCarrinho = observer(({carrinho}) => 
  <div>Total: {carrinho.total}</div>
);

Nesse pequeno exemplo, usando MobX, nós declaramos um objeto Carrinho, onde cada alteração na propriedade itens irá automaticamente atualizar a propriedade total e consequentemente a visualização do total no componente MeuCarrinho.

As principais peças aqui foram @observable, @computed e @action, que são conceitos fundamentais do MobX. Os observáveis são os dados que provocam mudanças nas reações; as ações são as operações que alteram os estados observáveis; e os computados são valores que são automaticamente derivados do estado e recálculados quando esse estado muda.

MobX surpreende pela robustez e facilidade com que lida com o gerenciamento de estado, abstraindo muita da complexidade e oferecendo ao desenvolvedor a habilidade de escrever aplicações mais previsíveis e mais fáceis de rastrear e depurar.

Context API

Entendendo a Context API do React, você pode simplificar o gerenciamento do estado da sua aplicação e elimina a necessidade de propagação forçada de props para baixo do tree do componente. Esta API oferece uma forma de “compartilhar valores como preferências do usuário autenticado, tema ou idioma entre componentes sem precisar explicitamente passá-los via props”.

Aqui está como ele é usado: vamos dizer que temos dois componentes de nível profundo, ComponentA e ComponentB. Ambos precisam do mesmo dado (por exemplo, userId). Normalmente, você teria que passar esse dado através de todos os componentes entre o componente pai e esses dois componentes como uma prop. Mas com o Context API, você pode evitar toda essa passagem de prop.

Aqui está um exemplo prático de como configurar o Context API:

import React, { createContext, useContext } from 'react';

// Primeiro, você cria um novo Context
const MyContext = createContext(undefined);

// Depois, você define um Provider para esse Context. O Provider deve envolver quaisquer componentes que querem acessar o Context.
function MyProvider({ children }) {
  const value = "Hello, world!";

  return (
    <MyContext.Provider value={value}>
      {children}
    </MyContext.Provider>
  );
}

// Agora, qualquer componente que está dentro do Provider pode usar o 'useContext' hook para acessar o valor do Context.
function MyComponent() {
  const contextValue = useContext(MyContext);
  return <p>{contextValue}</p>;
}

// Usando o componente no aplicativo
function App() {
  return (
    <MyProvider>
      <MyComponent />
      <OtherComponent />
    </MyProvider>
  );
}

export default App;

Nesse exemplo, ‘App’ é o componente de nível superior que envolve ‘MyComponent’ e ‘OtherComponent’ com ‘MyProvider’. Isso torna o valor definido dentro do ‘MyProvider’ disponível para ‘MyComponent’. useContext é usado dentro do ‘MyComponent’ para acessar o valor do contexto.

Uma coisa importante a notar é que, quando um componente dependente de um Context é atualizado, todos os componentes descendentes também serão renderizados novamente, independentemente de eles usarem o Context ou não. Por isso, é importante ter cuidado ao usar o Context API em aplicativos grandes.

O Context API é uma ferramenta extremamente poderosa para componentes React, pois permite que você evite ‘prop drilling’. Ele é apropriado quando você tem dados globais que muitos componentes compartilham ou quando você tem dados que sempre precisam ser visíveis para a árvore de componentes.

Como gerenciar estados com Redux e TypeScript em aplicações React

Instalando e configurando o Redux com TypeScript

Para começar, você vai precisar instalar duas dependências em seu projeto: redux e @types/redux. A primeira, é claro, é o próprio Redux, e a segunda é o pacote de tipagem TypeScript para Redux. Para instalá-los, abra o terminal no diretório do seu projeto e execute o seguinte comando:

npm install redux @types/redux

Depois dessas instalações, será necessário configurar o Redux. Isso geralmente é feito em um arquivo separado, que chamaremos de store.ts. Então crie este arquivo na raiz do seu projeto.

Dentro deste arquivo store.ts, primeiro você irá importar o método createStore do Redux, bem como qualquer redutor que você tenha criado. Para o nosso exemplo, vamos supor que você tenha um redutor exampleReducer.

import { createStore } from 'redux';
import exampleReducer from './reducers/exampleReducer';

Agora, use a função createStore para criar uma loja Redux, passando o redutor como argumento. O resultado será exportado para que possa ser usado em todo o seu aplicativo.

const store = createStore(exampleReducer);

export default store;

Uma vez que temos nossas ações e redutores configurados, é hora de conectar nosso componente com a store do Redux. Para fazer isso, precisamos usar a função connect fornecida pela biblioteca react-redux. Mas primeiro, vamos instalar esta biblioteca executando o seguinte comando no terminal:

npm install react-redux @types/react-redux

Supondo que você tenha um componente chamado ExampleComponent, você conecta esse componente à store da seguinte maneira:

import { connect } from 'react-redux';

class ExampleComponent extends React.Component {
  // ...
}

const mapStateToProps = (state) => {
  return {
    example: state.example,
  };
};

export default connect(mapStateToProps)(ExampleComponent);

E pronto, agora você tem um componente React conectado à sua store Redux, capaz de consumir e alterar o estado conforme necessário, e tudo isso usando TypeScript para garantir a segurança e a facilidade de uso do código.

Criando um store Redux

Ao trabalhar com aplicações React é comum nos depararmos com a necessidade de gerenciar estado global. Entre as várias soluções disponíveis para esse problema, uma das mais populares é o Redux. A proposta do Redux é prever uma maneira previsível de gerenciar e atualizar seu estado usando eventos chamados ‘actions’.

Antes de mergulharmos no passo a passo de como criar um store, é importante entender o papel que ele desempenha no Redux. O ‘store’ é basicamente onde o estado da sua aplicação mora.

Para criar um store Redux, primeiro, vamos precisar instalar a biblioteca Redux em nosso projeto.

Instalação:

Em seu terminal, execute o seguinte comando:

npm install --save redux

Com o Redux instalado, podemos começar a estruturar e criar nosso store.

Criação do store:

Primeiro, vamos criar um arquivo chamado store.js. Dentro do arquivo, importe createStore de ‘redux’.

import { createStore } from 'redux';

O createStore é uma função que recebe um parâmetro obrigatório: o reducer.

Um reducer é simplesmente uma função que recebe duas coisas: o estado atual e uma ação, e retornará o novo estado do aplicativo.

A seguir, vamos criar um rootReducer que será usado como parâmetro para a função createStore.

const rootReducer = (state = {}, action) => {
  // aqui vão seus cases de ações
  //...
};

const store = createStore(rootReducer);

export default store;

Neste ponto, você já teria criado sua loja Redux.

No entanto, este é um exemplo bastante simplificado. Dentro de uma aplicação real, você normalmente terá vários reducers, cada um manipulando ações específicas e parte do estado da aplicação.

Em aplicações complexas, você também precisará adicionar middleware ao seu store, como redux-thunk para lidar com ações assíncronas.

No geral, a criação de um store Redux envolve muito mais do que apenas chamar a função createStore do Redux. Exige uma compreensão cuidadosa de como você deseja manipular seu estado, quais ações você terá em sua aplicação e como essas ações afetarão seu estado.

Mantendo esses pontos em mente enquanto estrutura e cria seu store, você será capaz de construir uma arquitetura robusta e escalável para gerenciar e atualizar o estado da sua aplicação.

Gerenciando o estado com actions e reducers do Redux

Vamos começar a decifrar juntos o funcionamento de uma parte crucial de qualquer aplicação React: o gerenciamento do estado. Hoje nosso foco será em actions e reducers do Redux.

Conceitos fundamentais de Redux

De forma simples, o Redux é uma biblioteca que gerencia o estado da sua aplicação. Ele o faz por meio de uma estrutura previsível de ‘actions’ e ‘reducers’. Um ‘action’ é um objeto JavaSCript que expressa uma intenção de mudança no estado da aplicação. Basicamente, temos algo assim:

{
  type: 'ADICIONAR_ARTIGO',
  artigo: 'Novo artigo'
}

As ‘actions’ são objetos enviados usando a função dispatch(). A propriedade type é obrigatória e descreve o que a ação vai fazer. O ‘artigo’ é a payload que irá conter informações que você quer adicionar ao estado.

Agora, você deve estar se perguntando: “E onde essa ação é manipulada?”. Aqui entram os ‘reducers’. Os ‘reducers’ são funções puras que recebem a ‘action’ atual e o estado anterior como argumentos, e retornam o novo estado. Veja uma simplificação de um ‘reducer’:

function artigosReducer(state = [], action) {
  switch (action.type) {
    case 'ADICIONAR_ARTIGO':
      return [...state, action.artigo];
    default:
      return state;
  }
}

Nesse exemplo de ‘reducer’, no caso de uma ‘action’ de tipo ‘ADICIONAR_ARTIGO’, o estado será alterado adicionando o novo artigo à lista de artigos existentes. Para qualquer outro tipo de ação, o estado permanecerá o mesmo.

Porém, tenha em mente que o gerenciamento do estado é mais complexo do que isso. Cada redução de estado normalmente manipula apenas uma parte do estado total da aplicação, e o Redux combina todas essas partes em um único objeto de estado.

A correlação entre actions e reducers

É importante notar que as ‘actions’ e os ‘reducers’ estão intrinsecamente ligados. Uma ação descreve uma mudança a ser feita, e o ‘reducer’ executa essa mudança no estado com base na ação. Assim, o fluxo de informações vai da ‘action’ para o ‘reducer’, e o ‘reducer’ atualiza o estado conforme especificado na ‘action’.

Como resultado final, temos uma arquitetura onde o gerenciamento de estado é previsível e facilmente debugável. Isso torna o desenvolvimento de aplicações React mais eficiente e menos propenso a erros.

Espero ter ajudado a esclarecer as funcionalidades de ‘actions’ e ‘reducers’ no Redux. Agora que estamos familiarizados com a ‘action’ e os ‘reducers’, podemos explorar mais detalhadamente o roteamento, os efeitos colaterais e outras partes essenciais do gerenciamento de estado em aplicativos React com o Redux. Iremos abordar esses tópicos em futuras publicações.

Integrando o Redux com componentes React

Para aprofundarmos nossa compreensão sobre o gerenciamento de estados, vamos explorar a integração do Redux com componentes React. Redux é uma biblioteca open-source, incrivelmente útil para gerenciar o estado do seu aplicativo e tornar o fluxo de dados mais previsível. Ele possui um paradigma de programação de maneira centralizada, com um único objeto de armazenamento que monitora todas as atualizações de estado em um aplicativo React.

Assim que você entender o conceito principal do Redux – que descreve a mudança de estado de um aplicativo em resposta a ações desencadeadas pelo usuário ou pelo próprio sistema, você irá ver como ele é poderoso quando integrado com componentes React.

Vamos a um exemplo específico para que seja possível visualizar:

Imagine que estamos usando um aplicativo React para construir um carrinho de compras online. Em uma situação normal, quando um cliente adiciona um produto ao carrinho, isso mudaria o estado do nosso componente de carrinho, logo essa mudança precisa ser refletida na interface do usuário.

Usando JavaScript puro, poderíamos fazer algo assim:

import React, { useState } from 'react';

const Cart = () => {
    const [cart, setCart] = useState([]);

    const addToCart = (product) => {
        setCart([...cart, product]);
    };

    return (
        // implementação do componente...
    );
};

Agora, imagine que precisamos compartilhar o estado desse carrinho entre vários componentes dentro do aplicativo. Aqui é onde o Redux pode ser útil.

Para conectar o componente React ao Redux, usamos o método connect(), essa função faz a conexão do nosso componente, seja ele um Component ou um Container, com o Store.

import React from 'react';
import { connect } from 'react-redux';
import { addToCart } from './actions/cartActions';

const mapStateToProps = state =>{
    return {
        cart: state.cart
    }
}

const mapDispatchToProps = dispatch =>{
    return{
        addToCart: (product) => { dispatch(addToCart(product))}
    }
}

class Cart extends React.Component {
  render() {
    return (
      // implementação do componente...
    );
  }
}

export default connect(mapStateToProps, mapDispatchToProps)(Cart);

Fique tranquilo, vamos detalhar o que acabamos de fazer. Primeiramente, declaramos duas funções: mapStateToProps e mapDispatchToProps. A primeira função mapeia o estado do app para as props do nosso componente, ou seja, permite que usemos o estado do Redux dentro do nosso componente como se fossem props. Já a segunda, mapeia as ações do Redux para as props do nosso componente, permitindo disparar ações para o nosso Redux.

E por fim, usamos a função connect() que recebe como argumentos as funções mapStateToProps e mapDispatchToProps, e retorna uma nova função que pega nosso componente e retorna uma nova versão dele, agora conectada ao Redux.

Agora, cada vez que o estado do carrinho for alterado no Redux, a mudança será refletida ao cart, permitindo uma atualização de estado eficiente e fácil de gerenciar.

Como você pode ver, a integração do Redux com componentes React permite um fluxo de dados consistente e previsível, facilitando o gerenciamento de estados complexos em aplicações React extensas.

Práticas recomendadas para gerenciamento de estado em aplicações React com TypeScript

Imutabilidade do estado

Para entender melhor o gerenciamento de estado, é fundamental discutir a importante função da imutabilidade. A imutabilidade é um princípio de programação que preconiza que uma vez criada, uma entidade não pode ser modificada. Em outras palavras, se você tem um objeto e deseja alterar seu estado, você não muda suas propriedades diretamente. Você cria uma cópia do objeto original com as novas alterações.

Uma das razões principais da imutabilidade é melhorar a previsibilidade do código e facilitar o rastreamento de mudanças no estado da aplicação. Quando as atualizações são feitas através da criação de cópias dos objetos originais, é mais fácil identificar onde e porque o estado da aplicação mudou.

Além disso, a imutabilidade é especialmente útil em cenários multithread ou de concorrência. As alterações de estado que são feitas através da modificação de objetos existentes podem levar a condições de corrida e tornar o código mais difícil de entender. A imutabilidade ajuda a eliminar esses problemas, tornando o código mais seguro.

Aqui está um exemplo prático para ajudar a ilustrar isso. Suponha que temos um objeto user:

let user = {
  name: "John",
  age: 30
};

Se quisermos incrementar a idade do usuário, não mudaríamos a propriedade age diretamente. Fazendo isso iríamos infringir o princípio da imutabilidade. Ao invés disso, poderíamos utilizar a distribuição de propriedades para criar uma nova cópia do objeto user, e incrementar a idade:

user = {
  ...user,
  age: user.age + 1
};

Agora, user ainda é um objeto, mas é uma nova entidade com uma idade atualizada. O objeto original user não foi alterado, mantendo assim a imutabilidade.

Por fim, a imutabilidade também facilita o teste do código, pois ela permite que você faça testes com base nos estados inicial e final de uma operação, sem se preocupar com possíveis alterações no meio do processo. Devido a todas essas vantagens, a imutabilidade do estado é uma prática recomendada que deve ser seguida ao trabalhar com gerenciamento de estado.

Uso apropriado de Redux

Uma ferramenta fundamental para a gestão de estados em aplicativos desenvolvidos com React é o Redux. Esta biblioteca permite que você gerencie o estado do seu aplicativo de forma que o estado global seja acessível por qualquer componente, evitando assim o excesso de entradas de estado e props em sua árvore de componentes. Isso resulta em um código que é mais fácil gerenciar e manter.

Redux funciona oferecendo um estado central, chamado de store, onde todos os dados do estado podem ser armazenados. Eles podem ser acessados e alterados em qualquer ponto do aplicativo utilizando as chamadas ações (actions) e redutores (reducers).

Para um uso adequado do Redux, é essencial que você mantenha algumas práticas. Para iniciar,-sempre tente manter os redutores puros, o que significa que eles devem realizar a mesma ação cada vez que são chamados com um estado e uma ação específicos. Esta decisão de design ajuda a garantir que seus redutores são previsíveis e fáceis de testar.

function exampleReducer(state = initialState, action) {
  switch (action.type) {
    case ADD_EXAMPLE:
      return [...state, action.payload];
    default:
      return state;
  }
}

Outra prática recomendada é manter o acoplamento entre seu componente e o Redux o mais solto possível. Isso significa que seu componente não deve conhecer a existência de um estado global e como ele é gerenciado. Em vez disso, devemos usar a ‘react-redux’ connect para ‘conectar’ nosso componente à store, e isso deve ser feito somente quando necessário.

Na prática, você pode utilizar a função mapStateToProps e mapDispatchToProps para realizar essas conexões da seguinte forma:

// Actions
function addExample(payload) {
  return { type: ADD_EXAMPLE, payload };
}

// Component
function Example({ examples, addExample }) {
  ...
}

const mapStateToProps = state => ({
  examples: state.examples
});

const mapDispatchToProps = { addExample };

export default connect(mapStateToProps, mapDispatchToProps)(Example);

Nota que, utilizando desta forma, o estado e as ações do Redux estão disponíveis para o component como props, tornando o componente menos acoplado ao Redux.

Ao construir suas ações e redutores, evite colocar lógica de negócios neles. Uma ação deve simplesmente descrever o que aconteceu, enquanto um redutor deve se concentrar apenas em como o estado deve mudar em resposta a essa ação. Qualquer lógica de negócios, como chamadas a uma API, deve ser colocada em middleware, como o redux-thunk ou redux-saga.

Por último, lembre-se que Redux é apenas uma ferramenta. Não é necessário usar Redux para cada pequeno pedaço de estado em seu aplicativo. De facto, pode ser mais produtivo usar o estado local para coisas como a aparência do UI (interface do usuário) que não precisam ser globais.

Como testar o gerenciamento de estado em suas aplicações

Para garantir que o gerenciamento de estado em suas aplicações esteja funcionando de forma ideal, o teste é um componente crucial. Com um bom conjunto de testes, você pode garantir que as alterações no estado ocorram conforme esperado e minimizar a chance de bugs inesperados.

Existem várias técnicas que você pode seguir para testar efetivamente o gerenciamento de estado. Uma delas é a criação de testes unitários. Estes testes são úteis para isolar funcionalidades específicas de sua aplicação. Vamos dar um exemplo: Temos um carrinho de compras em nossa aplicação, e temos uma função que adiciona itens ao carrinho. Para testar essa função, poderíamos criar um teste unitário que adiciona um item ao carrinho e em seguida verifica se o estado do carrinho foi alterado corretamente.

it('deve adicionar um item ao carrinho', () => {
  const initialState = {cart: []};
  const item = {id: 1, name: 'Item 1', price: 10};
  const newState = addItemToCart(initialState, item);
  expect(newState.cart).toHaveLength(1);
  expect(newState.cart[0]).toEqual(item);
});

Além de testes unitários, é aconselhável criar testes de integração. Ao contrário dos testes unitários, os testes de integração têm como objetivo verificar como diferentes partes do seu código interagem entre si.

Por exemplo, podemos ter uma série de ações que o usuário pode realizar que eventualmente levariam à adição de um item ao carrinho – como navegar até a página de um item, selecionar o item e finalmente adicionar ao carrinho. Em um teste de integração, você simularia essas ações e então verificaria se o estado do carrinho foi atualizado corretamente.

Ambos os testes unitários e de integração são complementares e necessários para um gerenciamento de estado robusto e confiável em suas aplicações.

Importante! Para conseguir realizar os testes de forma mais eficaz, é essencial que suas funções de modificação de estado sejam puras, ou seja, que não tenham efeitos colaterais e que produzam o mesmo resultado para um dado de entrada específico.

Espero que com essas diretrizes, você agora tenha uma visão mais clara de como proceder com o teste do gerenciamento de estado em suas aplicações. Lembre-se, a prática leva à perfeição. Comece com pequenos testes e vá evoluindo a complexidade deles à medida que você se sente mais confortável com o processo.

Conclusão

Revisão dos principais pontos abordados

Antes de seguir adiante, vamos fazer uma pequena pausa para revisar os principais pontos que abordamos até agora.

Inicialmente, discutimos as razões pela qual a escolha de uma ferramenta de gerenciamento de estado é tão crucial. Apontamos vários fatores a serem considerados ao escolher a abordagem de gerenciamento de estado mais adequada, como a complexidade do aplicativo, a familiaridade da equipe com a tecnologia e o desempenho.

Conversamos sobre os três conceitos principais em torno do gerenciamento de estado:

  1. Componente de Estado Local: Onde cada componente possui seu próprio estado.
  2. Elevação de Estado: Quando o estado é movido para cima na árvore de componentes para ser compartilhado entre várias partes do aplicativo.
  3. Estado Global: Onde um estado único e global é usado para armazenar as informações compartilhadas entre vários componentes.

Em seguida, mergulhamos em exemplos práticos para ilustrar esses conceitos. Para um estado local, discutimos a implementação simples de um botão de alternância de tema dark/light usando o método de estado do React. Passamos por como essa implementação pode se tornar problemática se componentes não relacionados precisassem acessar esse estado.

Em seguida, vimos como a elevação de estado poderia resolver esse problema. Movemos o estado do tema para um componente superior – neste caso, um componente chamado ThemeProvider. Esse componente, em seguida, passa seu estado e funções para alterar o estado como props para componentes filhos.

No entanto, também notamos as limitações da elevação de estado, como o emaranhado de props passando através de componentes ou a problemática quando diferentes ramos da árvore de componentes precisam compartilhar o mesmo estado.

Finalmente, falamos como um estado global pode resolver essas limitações de uma maneira mais limpa e eficiente. Utilizamos o conceito de React Context para implementar um estado global.

Então, com esses pontos-chave em mente, vamos seguir adiante e nos aprofundar ainda mais no assunto.

A importância de um gerenciamento de estado eficiente em aplicações React com TypeScript

Em suma, a eficácia do gerenciamento de estado em aplicações React com TypeScript é definido pela clareza, previsibilidade e escalabilidade que ele proporciona a sua aplicação. Quando você possui um sistema de gerenciamento de estado robusto, fica mais fácil para você e sua equipe acompanhar o fluxo de dados através de sua aplicação, identificar e corrigir problemas e adicionar novos recursos sem criar um emaranhado indefinido de dependências de estado.

A importância de um bom gerenciamento de estado torna-se ainda mais clara quando as aplicações começam a crescer em tamanho e complexidade. Por exemplo, considere uma aplicação de comércio eletrônico. Nela, você pode ter múltiplos componentes que necessitam de acesso à informação sobre o carrinho de compras do usuário. Se você não tiver um sistema de gerenciamento de estado eficiente, cada componente terá que gerenciar seu próprio estado do carrinho de compras, potencialmente resultando em inconsistências e erros.

Ou seja, você pode notar que as mudanças que você faz no carrinho de compras em um componente não estão sendo refletidas em outros componentes. Isso pode ter uma variedade de efeitos indesejáveis, desde uma UX incoerente até erros de processamento de pedidos.

Ao invés disso, com um gerenciamento de estado eficiente, todas essas instâncias do carrinho de compras podem se vincular a um único estado compartilhado. Quando um componente faz uma alteração no estado do carrinho de compras, essa mudança é propagada por toda a aplicação, garantindo consistência e evitando erros.

Lembre-se de que, mesmo que os benefícios de um gerenciamento de estado eficiente possam não ser imediatamente aparentes em uma aplicação simples, à medida que sua aplicação cresce, um bom gerenciamento de estado se torna inestimável. E, ao trabalhar com React e TypeScript, você tem várias ótimas bibliotecas e padrões de gerenciamento de estado disponíveis. Ao entender e aproveitar essas ferramentas, você pode tornar seu desenvolvimento mais rápido, mais seguro e, em geral, mais agradável.

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